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25 de fevereiro de 2011

O voluntariado adulto e a Ordem DeMolay

O voluntariado adulto e a Ordem DeMolay

Vivemos um momento relativamente novo na Ordem DeMolay: houve a criação de duas estruturas, a meu ver, complementares: a liderança adulta e a liderança juvenil.
Falaremos mais da primeira, por uma questão didática, pois ambas precisam trabalhar juntas para que a Ordem possa ter e colocar um projeto (seja nacional, estadual, regional ou capitular).

O que é a liderança adulta? É o conjunto dos voluntários adultos da Ordem, com o objetivo básico de aconselhar a liderança juvenil e auxiliá-la a elaborar e executar os projetos.

Aproveito para listar mais algumas questões para reflexão:

1. Por que digo que a liderança adulta tem uma função consultiva? Porque ela é formada por homens que já tem uma situação de vida mais estável e podem até dedicar mais tempo, diferente dos mais jovens, que precisam lidar com questões de estudos, como vestibulares. Apesar disso, os jovens precisam “colocar a mão na massa” para aprender e se tornarem “uma liderança inteligente e consagrada”. Então, qual o caminho? É trazer a experiência com a humildade para aprender (adultos) e trocar informações com aqueles que já trilharam um pouco mais na estrada da vida. (jovens). Ou seja, o jovem não será um mero executor de ordens nem os adultos meros administradores da “casa”. O projeto deve ser pensado e executado com a participação das duas estruturas.

2. A Ordem DeMolay deve promover um trabalho de simbiose com a Maçonaria. É duro reconhecer, mas precisamos dos tios. Já vimos como ficou a Ordem nos States sem esse apoio essencial. Se a Ordem lá enfrenta um declínio, talvez essa seja uma das razões disso. Temos, em nossas fileiras, muitos tios que tem algo de bom (além da disponibilidade aos sábados) para oferecer, mas são subutilizados. Eles, muitas vezes querem auxiliar e acabam interferindo e devem ser gentilmente orientados quanto a isso.

3. A Ordem DeMolay não é uma organização paramaçônica juvenil. Defendo há anos esse ponto de vista, que pode ser explicado de uma maneira muito simples: embora precisemos do apoio efetivo dos tios para a nossa Ordem, é necessário esclarecer que as lideranças maçônicas (venerável, grande mestre, etc.) não são necessariamente lideranças da Ordem. Nossas lideranças maçônicas membros da ordem demolay tem apenas como pré-requisito básico a plenitude dos direitos maçônicos (mestre maçom), por uma questão provavelmente maçônica, não demolay, pois de uma maneira geral, todos os maçons, para nós, são membros da maçonaria dita regular, indistintamente.

4. Os seniores demolays, quando não-membros dos Conselhos Consultivos ou outra parte da estrutura (se tiverem o perfil e a disponibilidade, algo que dificilmente ocorre, infelizmente) são visitantes da Ordem, especialmente em seu próprio Capítulo. Tem o direito de ficarem calados e não devem ser considerados hour-concours. Sugiro até que sentem no ocidente, afinal, ser sênior não é nenhum mérito. Qualquer demolay, se não morrer, chega a essa idade. Por outro lado, é interessante que o sênior se dê conta que o Capítulo (ou outra estrutura) mudou e que a sua época de ativo (muitas vezes dita ‘de ouro’, mas quase sempre nem tanto) já passou e talvez seja melhor apoiar a Ordem e o Capítulo de outras formas que não sejam se dizendo como se faz, afinal, a maioria das situações requer o aprendizado através da experiência.

5. Precisa ocorrer um pacto entre as lideranças adultas e juvenis em torno de uma meta comum. Temos visto que começa a acontecer um distanciamento entre os objetivos das lideranças. Lembremo-nos da máxima de que “casa dividida não permanece de pé”. Se continuarmos nesse caminho atual, dividindo forças, uma anulará a outra e não chegaremos a lugar algum.

6. Falta treinamento à liderança adulta. É fato sabido que a liderança adulta (e a juvenil também) anda escassa. Porém, se queremos ter uma Ordem com voluntários adultos capacitados, precisamos investir nisso nos eventos e quem sabe, deixar de perdermos tempo discutindo as questões políticas da Ordem que interessam a tão poucos. O maçom precisa descobrir que as regras de funcionamento das duas ordens (demolay e maçonaria) são distintas, mas só aprenderá isso, inicialmente, com treinamentos.

Essas são minhas reflexões, em um caráter genuinamente pessoal, não refletindo a visão das estruturas às quais pertenço.

Amplexos a todos.