Quem sou eu?

Minha foto
É mais fácil responder se quem nasceu primeiro foi o ovo ou a galinha. Mas a melhor é: Definir é delimitar.

17 de abril de 2009

O vaso de porcelana

Essa é para reflexão, não estou a fim de comentar...

O vaso de porcelana

O Grande Mestre e seu guardião dividiam a administração de um mosteiro Zen. Certo dia, o guardião morreu e foi necessário substituí-lo imediatamente.

Assim, o Grande Mestre reuniu os discípulos para escolher quem teria a honra de trabalhar diretamente ao seu lado:

- Vou apresentar um problema – disse o Mestre. E aquele que resolver primeiro, será o novo guardião do templo.

Terminado o seu curtíssimo discurso, colocou um banquinho no centro da sala. Em cima do banquinho, pôs um vaso da mais cara porcelana, com uma rosa vermelha a enfeitá-lo. Em seguida falou:

- Eis o problema – disse o Grande Mestre.

- Os discípulos contemplavam, perplexos, o que viam:- os desenhos sofisticados e raros da cara porcelana, a frescura e a elegância da flor, e tudo isso em cima de um banquinho comum.
Afinal, o que representava aquilo?
O que fazer?
Qual o enigma?

Após longos minutos de expectativa sobre o enigma, um dos discípulos levantou-se, olhou o mestre e os alunos à sua volta.
Caminhou resolutamente até o vaso e atirou-o ao chão, destruindo-o completamente.
- Você é o novo guardião – disse o Mestre para o discípulo.

Todos ficaram perplexos e sem voz. Assim que voltou ao seu lugar, o Grande mestre explicou:
Eu fui bem claro! Disse que vocês estavam diante de um problema. Não importa quão belo e fascinante seja: um problema é sempre um problema e precisa ser eliminado. Um problema não deixará de ser um problema até que seja combatido. Pode ser um vaso de porcelana valioso; um grande amor, que já não faz sentido; um caminho que precisa ser abandonado ou retomado... mas insistimos em percorrê-lo porque nos traz conforto e/ou acomodação.

Só existe uma maneira de lidar com um problema: atacando-o de frente. Nessas horas, não se pode ter medo, acomodação ou piedade, nem tão pouco ser tentado pelo lado fascinante que qualquer conflito carrega consigo.

O VASO DE PORCELANA (COELHO, P., Contos do alquimista, fascículo 01).

9 de abril de 2009

DeMolay no Rio : problemas e propostas de soluções

Questões sobre a Ordem para reflexão:

1. O último foco tem sido instrução. Quantos irmãos nas células (Capítulos e Conventos) realmente se interessam por isso? Qual a importância? Ora, se você não é bem instruído, não sabe onde você está, ou seja, os objetivos do grupo a que pertence. O que nos leva ao segundo ponto.
2. Qual tem sido a função da Ordem hoje? Qual o retorno que está sendo oferecido aos jovens? Qual a diferença que a Ordem está fazendo para os membros?
3. Aprendi há algum tempo que a Ordem nasceu como instituição voltada para a filantropia (um clube, na verdade, pois a ideia de se tornar Ordem veio depois). O que temos feito?
4. Apoio dos adultos? Em um grupo sem objetivo, cheio de atrasos e desorganizado, fica difícil...

Proponho algumas soluções:

1. Criar algum treinamento direcionado às lideranças juvenis, a fim de criar um "planejamento padrão" de instrução capitular e de plano de metas, com avaliação constante.
2. Atividades voltadas ao universo jovem como um grupo de estudos escolares e quem sabe (com sorte) sobre a Ordem, entre outros.
3. Sensibizar os membros para a vocação filantrópica da Ordem, com visitas mensais a uma instituição (ah, isso é paternalismo, que seja, mas é melhor que nada) ou promovendo campanhas.
4.Apoio dos Conselhos Consultivos. O caminho possível é que os seniores ocupem os Conselhos, desde que se comprometam e tenham o perfil. Não resolve, mas ajuda.

Terminando, o mais importante, na minha opinião, é dividir as boas experiências (nos congressos, por exemplo, que não têm tido muita função) e que cada grupo perceba a a sua vocação e de seus membros, além daquela do local em que está inserido.

Por que não precisamos dos heróis

Amigos  céticos,

Trago uma recomendação de dois filmes e reflexões a respeito. 

Assisti "Batman, o cavaleiro das trevas" e Watchmen".

Ambos me levaram à reflexão, um olhar sobre o herói nas sociedades modernas.

A fim de comparação, vejamos como o herói era visto: era alguém cujos comportamentos eram algo para ser seguido. O heroi era a referência, o que havia dos ideais mais belos de uma sociedade.

O que se vê hoje, em especial nesses filmes, é a decadência do herói, ou talvez desses valores ideais.

Como se estivesse sendo construído o anti-herói e ele mostrasse não nossas virtudes, mas evidenciasse nossas feridas.

Isso ocorre a tal ponto em "Batman", que a figura do Coringa acaba mais evidenciada que a do homem-morcego.

Aliás, a visão de ser vilão proposta é encantadora: Ser mal apenas por tédio, não por maldade, mas com o objetivo de instalar o caos.

E quantas vezes instalamos o caos.

Resta saber: Depois disso, o que faremos? Reconstruiremos nosso saber diante do mundo destroçado ou viver entre os escombros?

Para variar, a decisão é nossa, por isso, talvez os heróis não sejam suficientes, e por isso, matá-los seria a solução proposta em "Watchmen".

Estamos prontos para tal desafio? Ou viveremos para sempre à espera, morcegando nas muletas da vida?

 

Cachorros

Tinha dito no post anterior que ninguém chuta cachorro morto. Cada vez que fazemos algo, despertamos a atenção das pessoas ao nosso redor, que reagem das mais diversas formas.

A mais comum seria a da crítica, por julgar que a pessoa não merece o que possui e por ter medo de crescer, tentando impedir, assim, o crescimento do outro.

Ouvi muitas vezes em um lugar que frequento algo assim: "Cada dia oferece novas oportunidades de sermos melhores."

Ser melhor é buscar o crescimento não em detrimento do outro, mas desenvolvendo seus méritos.

Uma frase pseudo-filosófica para refletir: Podemos ficar mais altos levantando-nos ou fazendo com que o outro se abaixe.

A reclamação

Pessoal,

Interessante observar que os seres humanos encontram vários motivos para reclamar.

Isso se deve à sua natural insatisfação diante do que possuem. Tal atitude, é na verdade, uma fuga ao presente e um mecanismo de projeção, seja a um passado glorioso ou a um futuro esplêndido.

Existe um caminho alternativo, que perceber o que está a nossa volta, reconhecer o presente, tirando a "normose" do olhar.

Essa normose caracteriza-se como aquele olhar que não se renova diante do desconhecido, desvalorizando cada momento como se não fosse único (na verdade o é!).

Cumpre renovar-se, adotando a visão das crianças, de experimentação, olhar filosófico e encantamento diante do mundo, como disse Jesus.

8 de abril de 2009

Ninguém chuta cachorro morto

Pois é, vamos nós falar desse assunto, sociedades ditas secretas.

Participo de organizações e tenho lidado com grupos. 

Observo alguns olhares equivocados. O pior é achar que a sua organização é o "último biscoito do pacote". Na verdade, qualquer pessoa pode aprender princípios das sociedades ditas secretas sozinha, a diferença é que a organização os têm em um padrão.

Outro aspecto interessante, falado em um curso de que participei é que a organização é auto-excludente. Se observarmos bem, toda sociedade é assim. Depende, inicialmente, da força de vontade do membro a sua permanência ali.

Por outro lado, existem três aspectos a considerar:

1º A recepção aos membros;

2° A liderança eficaz, que consiste em perceber a vocação de cada um no grupo, motivando-o;

3º Contato entre os membros FORA das reuniões.

Nós precisamos perder o medo de divulgar as informações, desmi(s)tificando, se necessário.

Não existe candidato perfeito. Se o fosse, não precisava ingressar na organização.

Vejo também instintos de transformar os grupos em um clubinho. E o engraçado que depois se reclama do número de membros. Paradoxal, não?

Para encerrar, lembremos que não somos donos (nem da verdade) dos grupos  de que participamos e que outras opiniões são tão (ou mais) importantes do que a nossa. Nossa função e maior aprendizado é servir e aprender a ouvir, que é mais do que escutar (ah, se o Boit.. lesse isso).

Quanto ao título, reflitam sobre o significado, fica como "palavra de passe" para a próxima.

Namastê!